Sam: "Por que eu e todos que eu amo escolhemos pessoas que nos tratam como nada?"
Charlie: "Nós aceitamos o amor que acreditamos que merecemos."


Baseado no romance homônimo de 1999, o filme lançado em setembro de 2012 tem roteiro e direção assinados pelas mãos de Stephen Chbosky, as mesmas que escreveram o material original.
Tanto o livro como a adaptação cinematográfica são ritmados por uma narração epistolar bastante franca. Interpretado por Logan Lerman (“Percy Jackson e o Ladrão de Raios”), Charlie poderia compartilhar experiências da adolescência com seu melhor amigo Michael ou com sua tia Helen (Melanie Lynskey, a Rose de “Two and a Half Men”, numa performance ao mesmo tempo sensível e sombria). Contudo, as duas pessoas até então mais próximas do garoto estão mortas quando ele completa 15 anos.

O isolamento do protagonista quando ele se aproxima de dois veteranos: o extrovertido Patrick (o excelente Ezra Miller, de “Precisamos Falar Sobre Kevin) e a bela Sam (Emma Watson, um nome que dispensa apresentações, mas vamos lá – a Hermione da saga “Harry Potter”). Irmãos de criação, os dois acolhem Charlie como um novo membro de seu grupo de amigos desajustados.

A partir de então, o adolescente é iniciado em um mundo embalado por boa música, ao som da qual seus amigos giram em divertidas coreografias em bailes estudantis, interpretam de cenas “Rocky Horror Picture Show” e atravessam túneis de braços abertos sobre caçambas de picapes. Ao mesmo tempo, Charlie é introduzido às drogas, ao álcool, e à sexualidade. Afinal, ao contrário de muitos filmes juvenis, “As Vantagens de Ser Invisível” não é ingênuo ao lidar com as experiências comuns a um jovem normal.
Não é difícil partilhar da empatia que Charlie sente por Patrick e Sam e vice-versa, talvez até por que com suas interpretações sólidas o trio de atores dê vida (de fato) a seus papéis. Porém, o fato de serem carismáticos não os livra (assim como não poupa quase nenhum outro jovem do filme) de relacionamentos amorosos tóxicos, que os diminuem.

Fitas cassetes, o hábito de escrever cartas, a ausência de contatos por redes sociais, o cenário e a moda revelam o filme se passa nos anos 90, nos Estados Unidos. Porém os obstáculos que Charlie e seus colegas tentam ultrapassar são universais. Os mais jovens podem relacionar mentalmente a ficção e sua realidade, enquanto que os mais velhos vão relembrar a transição da infância para a idade adulta. Faixa etária à parte, no momento da conclusão do filme, é difícil não se sentir, por alguns minutos que seja, infinito.
Rafaela Tavares é estudante de jornalismo, completamente apaixonada por música, literatura, seriados norte-americano e principalmente cinema. Além de amar escrever, tem uma quedinha por ilustração e, de vez em quando, desenha por diversão.
Depois de ler quero assistir djá, rsrs.
ResponderExcluirAmei o post, a maneira como descreveu, parabéns!
bjoks
Esse filme é maravilhoso!! Imagona só o livro?Estou começando a ler ele!!
ResponderExcluirGarota que post incrível! Quero assistir com certeza.. parabéns :)
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