As quatro

Éramos quatro. Como qualquer enredo de série americana, éramos quatro amigas completamente diferentes que se completavam e se amavam como verdadeiras almas gêmeas. Tínhamos diferenças gritantes, mas que eram abafadas pelas semelhanças que, embora discretas, eram tão fortes que se sobressaiam a qualquer desavença causada pelos pensamentos distintos. Uma era calmaria, delicadeza, cuidado e amor. Outra era luta, garra, mas com festas e sorrisos. A terceira era serenidade, sinceridade e compromisso, enquanto eu, era sentimento, piadas e palavras. Uma mistura que deu certo por três anos obrigatórios e que daria, também, por toda uma vida que viria pela frente. Os caminhos foram se desencontrando geograficamente. As conversas não eram mais diárias, o compartilhamento de conquistas não era presencial. Mas não tinha problema: o amor e a confiança eram mais fortes que as distâncias e correrias que apareceram com a vida adulta. Uma fez engenharia, outra fez biologia, a terceira optou pelo