logo eu, que amava escrever

pedaço do mural do meu primeiro quarto em sp não sei precisar qual foi a última vez que escrevi algo que teve algum impacto na minha própria existência. não me lembro quando foi que eu arranquei algo que estava grande demais para o meu peito e transformei em textos longos e cheios de palavras combinadas. olhei meus rascunhos aqui do blog, aquele mar de textos nunca finalizados e que, caso ou outro, serviam como uma espécie de transcrição de uma sessão de terapia. constato o óbvio: eu n ão me lembro quando foi a última vez que escrever foi o que já significou um dia, pra mim. veja bem, eu estou trabalhando muito. muito mesmo. talvez seja a minha época mais cheia de trabalho e, não sei se você sabe, caro leitor imaginário, mas eu trabalho escrevendo. felizmente, escrevo sobre coisas que eu até gosto, mas não amo. não que eu acredite ainda que eu precise amar o que faço. mas acho que escrever tanto, todos os dias, sobre assuntos que gosto, minou toda a minha vontade de escrever pra mim.